Este só podia ter vindo de Alcochete...

segunda-feira, 18 de maio de 2009 às 23:07

Currículo invejável, profissional inigualável, símbolo de uma geração. Em duas palavras: Luís Figo. O mais famoso e vencedor dos camisola 7 portugueses vai deixar o futebol de elite, onde chegou ao custo de muito talento, mas também de trabalho árduo. Líder virtuoso, ora com a bola nos pés, ora no balneário da selecção nacional. Imortalizou um número, tal como Eusébio fizera com o dez das quinas. Sim, há Ronaldo. Mas não haveria, se o madeirense não tivesse olhado para o antecessor, futebolista exemplar, ícone da Geração de Ouro do futebol português.

Luís Figo pode não terminar a carreira, mas já disse adeus ao futebol de alto nível. Deixa-o com um tetracampeonato, conquistado em Itália, depois de já ter alcançado o mesmo número de títulos em Espanha, onde provocou ondas de amor e ódio. Na Catalunha ou em Madrid, haverá sempre um antes e um pós-Figo.

No Bernabéu encontrou uma equipa que o levou à glória europeia; na Catalunha deixou uma ferida tão grande como a história de Real Madrid e Barcelona. Pelos dois clubes conquistou tudo. Ou quase tudo, uma vez que só lhe falta uma Taça UEFA no currículo, embora essa até parecesse mal na folha de serviço. Figo sempre foi jogador de Liga dos Campeões e os mais de cem jogos na prova confirmam-no. Obrigou os melhores a tornarem-se ainda melhores. Roberto Carlos que o diga. Por isso foi Bola de Ouro em 2000 e eleito o Melhor do Mundo da FIFA em 2001.

No Inter provou que o Real Madrid se equivocou quando quis que saísse. Chegou a Milão como campeão, e mais campeão se tornou: quatro campeonatos, uma Taça de Itália e ainda uma Supertaça. Não lhe falta nada no calcio.

Símbolo de Portugal além fronteiras foi também a imagem das quinas durante anos. Levou a selecção a prestações inigualáveis, como em 2000, quando arrancou um foguete dos pés para bater o inglês Seaman e iniciar a reviravolta num dos jogos mais fantásticos de Portugal. Foi segundo em 2004, quarto no Mundial de 2006, mas ainda se suspira por ele na selecção.

Os sportinguistas queriam que regressasse, para juntar um título de campeão português à Taça de Portugal que venceu em 1995. Mas Figo sempre foi «marca» além-fronteiras, catapultou-se para fora da Europa, como nenhum jogador fizera até então, e o fim só podia ser no epicentro do futebol: em Itália, onde «é difícil jogar», onde Figo se impôs e venceu, como um imperador. Figo sai de cena e, com ele, a Geração de Ouro deixa os relvados.

in MaisFutebol



Foi formado no Sporting...e mais não digo...grande profissional...

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