Tara Perdida na Queima de Coimbra

sábado, 18 de abril de 2009 às 23:05
Confirmado um grande nome para a Queima das Fitas de Coimbra para a noite extra de comemoração dos 110 anos desta que é a maior festa académica nacional...não, não é a Britney Spears, não é o Toni Carreira e muito menos a Madonna...é uma Banda portuguesa de seu nome TARA PERDIDA...cheira-me que o recinto vai abaixo nesta noite :)



A génese dos Tara Perdida remonta ao ano de 1995 – mais precisamente ao dia 10 de Junho de 1995. Foi exactamente no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, que os músicos se juntaram pela primeira vez no bairro de Alvalade – famoso por ter dado ao movimento punk rock português bandas como os Peste & Sida e Censurados – para um primeiro ensaio. De um lado, o baixista Cró e o vocalista/guitarrista João Ribas, ainda a recuperar da súbita separação dos míticos Censurados mas cheios de vontade de embarcar numa nova aventura musical. De outro, o guitarrista Ruka e o baterista Orélio, à procura dos músicos certos para concretizarem as ideias que já tinham desenvolvido em conjunto. Uma enorme paixão pelo punk/hardcore e uma vontade incessante de tocar uniram os quatro músicos, no lugar e na altura certas.

Numa altura em que o cenário rock nacional estava desesperadamente a precisar de um valente abanão, a atitude contestatária e enérgica de temas como «Isto Não Vai Melhorar», «Feia» ou «Até M'Embebedar» tiveram precisamente o efeito que se pretendia e permitiram-lhes passar a primeira parte do ano seguinte a tocar pelo país e a partilhar palcos com bandas internacionais tão conhecidas como NOFX, Ratos de Porão e Exploited.

Sem perder muito tempo, os quatro músicos voltam a entrar em estúdio e – entre Maio e Junho de 1998 – registam o segundo álbum, interrompendo o processo de gravação para actuar nos Coliseus de Lisboa e Porto como “banda de suporte” dos norte-americanos The Offspring. «Só Não Vê Quem Não Quer» é editado em Outubro de 1998 e o grupo parte novamente para a estrada, onde se mantém estoicamente durante quase um ano – o ponto alto desta digressão acaba por ser a primeira (e até à data única) aparição dos Tara Perdida fora do país, com uma actuação no festival C’Rock Note em França.

O ano 2006 acabou por revelar-se o ano mais produtivo de sempre para a banda, que deu cerca de 40 concertos por todo o país e provou que – uma década depois de ter começado a escrever os primeiros temas – estava no auge da sua forma. Ainda antes do final do ano gravaram o seu primeiro DVD, perante uma Incrível Almadense a rebentar pelas costuras. Numa altura em que a palavra “culto” é facilmente confundida com a quantidade de ficheiros mp3 armazenados no disco rígido de um computador ou de “amigos” numa conta de MySpace, os Tara Perdida mostram que ainda é possível construir uma carreira tendo como base a lealdade dos seus seguidores e a relação de proximidade que mantêm com eles.

Três anos após a edição do muito bem sucedido «Lambe-Botas» e de um dos períodos mais prolíferos da sua carreira no que toca a actividade ao vivo, os Tara Perdida voltam finalmente à carga com um novo registo de originais. «Nada a Esconder» é o quinto álbum assinado pelo quinteto lisboeta, assinala a sua união à multinacional Universal Music e, acima de tudo, reforça a ideia de que a banda continua a ser tão relevante como quando se formou.

1 Responses to Tara Perdida na Queima de Coimbra

  1. Gudu Says:

    noite extra...110 anos? fogo...já fazemos parte da história tb ein?

    =)

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